quarta-feira, março 21, 2007

Do Cacete

Breve sinopse do percurso político d’el Rei D. Miguel, 30º monarca português, de cognome o Caceteiro.

Portugal, século XIX. Arriba rapazola do Brasil e desembarcando em Lisboa, não gosta nada (com sotaque carioca, né) que seu pai D. João VI se dê com os liberais. Resolve organizar um golpe a, Vila Francada, chegando a Comandante-Chefe do Exército. Depois, como o paizinho insistisse nas más companhias, organizou a Abrilada (naquele tempo, os golpes acabavam em –ada; depois veio o -ismo). Sequestra ministros, personalidades e o rei, argumentando que os maçons conspiravam contra a vida do obeso monarca, propondo-se defendê-lo e a salvar-lhe a vida. O pai, como recompensa, manda exilá-lo na Áustria. Volta passado alguns anos, para regente, manobrando, ardiloso, até que, apanhando-se por cima, pimba, pimba, aqui D’El Rei que sou Absoluto. De cacetada em cacetada (ou em portugueís do Brasiu, di cassêtchi em cassêtchi) perdeu a guerra civil contra o irmão e ingressou no exílio até ao fim da vida.

Sem cair naquele chavão da História que se repete, olho para trás e apetece dizer, Ah Paulo, se te chamasses Miguel, contava-te uma boa...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ah ah ah ah ah! Lindo! :D